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Software for collaborative robots created by Palestinian researcher in Coimbra

The robot developed in a laboratory of the University of Coimbra is already being used in BMW and other universities.

A new software for collaborative robots KUKA (“one of the world leaders in robotics”), developed at the University of Coimbra, is already being used in companies and universities around the world.
The new software – “the first interface in MATLAB” – for collaborative robots KUKA, which was developed in the Laboratory of Collaborative Robotics of the Faculty of Sciences and Technology of the University of Coimbra (FCTUC), “is already being used in large companies, as is the case of the BMW group in Germany, and in several universities around the world, “says the FCTUC, in a note sent to the Lusa agency.
KUKA Industrial Robots is one of the world leaders in the manufacturing of industrial robots and automation systems.
The Kuka Sunrise Toolbox, named by the authors, is a “free license software and has more than 100 functionalities, allowing, for example, control of robot movements and precision manual guidance,” says FCTUC.
“Mathematics features and advanced algorithms are also available, particularly for use in research papers,” adds the faculty.
Mohammad Safeea, the principal investigator of this project, whose results were published in the IEEE Robotics & Automation Magazine, explains that “this software allows a user with basic knowledge in robotics can in a few hours be the operate a robot, not needing advanced knowledge and great adaptation times to the equipment “.
“It is good to know that this work of more than two years is creating a positive impact on society,” Mohammad Safeea, quoted by FCTUC, as saying.

 

Sem o apoio internacional será difícil acabar com a ocupação

https://ionline.sapo.pt/653245

Israel. Netanyahu canta vitória e a Cisjordânia teme a anexação

Entre acusações de corrupção e promessas de anexação dos colonatos na Cisjordânia, o mundo prepara-se para mais um mandato de Netanyahu, que tem o caminho aberto a uma coligação de governo.

Os israelitas acordaram ontem com a vitória eleitoral do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que enfrenta a justiça devido a acusações de corrupção. Mesmo com apenas 35 deputados – o mesmo número que o seu adverário, Benny Gantz -, a eleição de uma maioria de direita permite um quinto mandato ao primeiro-ministro e a aprovação de uma lei que lhe conceda imunidade. O apoio da direita foi assegurado com a promessa de anexar os colonatos na Cisjordânia, à margem da lei internacional.

Como esperado, os partidos de direita – os “parceiros naturais” de Netanyahu, segundo o próprio – declaram ontem a sua lealdade ao líder do Likud. O Kulanu, a União de Partidos de Direita, o Shas e o Judaísmo Unido da Torá elegeram um total de 35 deputados, que juntamente com os 35 do Likud ultrapassam os 60 deputados necessários a uma maioria. Gantz, da coligação Azul e Branca, tem até sexta-feira – altura em que o Presidente israelita, Reuven Rivlin, irá reunir com os partidos para verificar quem tem melhores condições de formar governo – para virar a maré.

Netanyahu, mais conhecido como “Bibi”, precisa desesperadamente de se manter no poder para fintar as acusações de corrupção movidas pelo procurador-geral de Israel, Aluf Mandelblit. O primeiro-ministro é acusado de receber presentes de magnatas israelitas – como cigarros e champanhe no valor de 234 mil euros – e ainda de trocar favores políticos por uma melhor cobertura mediática. Já se prepara um projeto-lei que restabeleça a imunidade parlamentar israelita, levantada em 2005. A ministra da Justiça de Netanyahu, Ayelet Shaked, avisou contra a “criminalização” da política, e defendeu que “o processo político é feito de cedências informais, cujas fronteiras são cinzentas”.

Quem ficou à margem do processo foi a comunidade árabe, cerca de 20% da população israelita, que teve uma das maiores descidas de participação eleitoral de sempre – apenas 44% votaram, comparado com os 64% de 2015. Algo que não é de estranhar, dado o constante incentivo ao ódio que marcou a campanha eleitoral.

Ainda há umas semanas, Netanyahu relembrou no Twitter que Israel “não é um Estado de todos os cidadãos”, mas sim “o Estado-nação do povo judeu, e apenas do povo judeu”, acusando ainda Gantz de planear uma aliança com os partidos árabes. O ex-chefe do Estado Maior das Forças Armadas negou taxativamente, lançando um anúncio de campanha com imagens de bombardeamentos a Gaza, um contador de palestinianos mortos às suas ordens e rematando com a frase “Só os fortes vencem”.

A situação pode ficar ainda mais tensa, caso Netanyahu avance com a anexação dos colonatos na Cisjordânia, onde vivem cerca de 400 mil judeus, rodeados por 2,9 milhões de palestinianos, muitos dos quais viram as suas casas demolidas para dar lugar a esses colonatos.

O embaixador palestiniano em Portugal, Nabil Abo Znaid, reconhece ao i que a Autoridade Palestiniana “está numa situação muito difícil”, tanto a nível político como económico. Znaid conta que os funcionários públicos, incluindo ele próprio, estão a receber apenas 50% dos seus salários. “E talvez no próximo mês recebamos menos”, teme o embaixador.

A anexação de partes da Cisjordânia seria “o fim da linha” para um Estado palestiniano e para a solução dos dois Estados, com a qual Israel se comprometeu nos acordos de Oslo, reconhecidos pela maioria da comunidade internacional, incluindo Portugal. Znaid afirma estar sempre em contacto com o governo português, que diz mostrar “grande compreensão e empatia com a causa palestiniana”.

Questionado sobre a reação das autoridades palestinianas à anexação, Znaid garante: “Não nos vamos envolver em violência. Os meios não-violentos são a única opção, sabemos pela nossa experiência”. A Autoridade Palestiniana conta com o apoio em peso da comunidade internacional. “Sem ele será difícil acabar com a ocupação e alcançar a paz”.

(i online, 10/04/2019)

Netanyahu quer anexar colonatos na Cisjordânia

https://sol.sapo.pt/artigo/652833/netanyahu-quer-anexar-colonatos-na-cisjord-nia

As eleições israelitas estão à porta, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, tentou mobilizar a sua base eleitoral de direita, este sábado, com a promessa de anexar os colonatos na Cisjordânia, estabelecidos à margem dos tratados internacionais em vigor. Ainda este domingo o ministério da Defesa israelita anunciou planos para construir 3600 casas em território ocupado, expropriando terras privadas palestinianas para a sua construção.

Quando questionado numa entrevista ao Channel 12 News sobre porque não tinha ainda estendido a soberania israelita aos colonatos, como fez com Jerusalém Oriental e os Montes Golã, Netanyahu respondeu: “Quem diz que não o faremos? Vamos nesse sentido e estamos a discuti-lo”. O primeiro-ministro acrescentou: “Se está a perguntar se vamos seguir para a próxima fase – a resposta é sim, vamos. Vou estender a soberania [israelita] e não distingo entre blocos de colonatos e colonatos isolados”.

Mais 400 mil israelitas vivem hoje na Cisjordânia, entre 2,9 milhões de palestinianos, muitos dos quais viram as suas habitações destruídas para dar lugar a colonatos. Netanyahu reforçou: “Não irei transferir a soberania para os palestinianos”.

Apesar da condenação da maioria da comunidade internacional, a impunidade com que tem violado convenções internacionais parece ter incentivado Netanyahu, que sabe poder contar com o veto dos Estados Unidos na ONU, para impedir sanções. Apesar de todas as administrações norte-americanas terem apoiado de algum modo Israel, Donald Trump foi o primeiro a reconhecer a soberania israelita sobre Jerusalém Oriental e os montes Golã.

Contudo, Netanyahu luta internamente pela sua sobrevivência política, com eleições marcadas para esta quarta-feira. O primeiro-ministro enfrenta a justiça devido a um escândalo de corrupção, que lhe pode custar muito apoio. O principal adversário do primeiro-ministro, o centrista Benny Gantz, ganhou destaque nas últimas semanas, devido às suas credenciais enquanto antigo chefe do Estado Maior, algo com grande peso na sociedade israelita.

Vários comentadores desvalorizarem as promessas do primeiro-ministro, assumindo que não será cumprida após as eleições. Mas muitos relembram que Netanyahu disse, antes das eleições de 2015, que nunca iria estabelecer um Estado palestiniano, revertendo o apoio a uma solução de dois Estados. Precisamente o que aconteceu. “Toda a gente pensou que era conversa eleitoral. Mas durante quatro anos ele foi, passo a passo, cumprindo a missão a que se propôs. Na minha opinião ele vai anexar os colonatos”, afirmou Touma-Suleiman, deputado israelita pela coligação árabe Haddash-Ta’al.

Contatado pelo i, o conselheiro da Embaixada palestiniana em Portugal, Fadi Alzaben, condenou as propostas de Netanyahu como uma “flagrante violação de todas as convenções internacionais e resoluções das Nações Unidas”. Alzaben acrescentou que Israel não pode “estar acima da lei”, pedindo seja alvo das mesmas sanções que seria qualquer outro Estado.

O representante palestiniano qualificou o Estado português como “defensor da paz”, e relembrou que “sempre esteve ao lado da legitimidade internacional e solução dos dois Estados”. Alzaben apelou que a União Europeia tome uma posição conjunta, “para proteger a solução dos dois Estados”,  que considera “a única opção para uma paz justa na região”. Quanto à anexação dos colonatos, questionou-se: “Onde será estabelecido o Estado palestiniano, com esta tomada de terras?”.

Especiais

 

Palmela Spring Camp 2019: Football and solidarity with Palestinian boys

Two Palestinian football teams, of a total of 22 children between the age of 10 and 14 from the cities of Hebron and Ramallah, are in Palmela for a holiday with many activities.
Palmela Spring Camp is taking place as a part of an initiative of the Municipality of Palmela with the Diplomatic Mission of Palestine in Portugal and the support of several entities. This initiative believes that Sports has an important role  in strengthening ties of friendship, peace and cooperation, providing a unique opportunity for learning and opening horizons for young players who suffer from a scenario of daily violence and war.

 

‘Historic’ moment: Palestine takes reins of UN coalition of developing countries

“Palestine and its citizens have first-hand experience of some of the most challenging and dramatic global issues we face” said Mr. Guterres in his remarks at the annual ceremony for handover of the rotating Chairmanship of the G77.

Egypt was the previous Chair of the bloc, a coalition of 134 developing countries, along with China.

The decision to elect Palestine as 2019 Chair of the G77 was taken in September 2018 by the foreign ministers of the Groups’ member States.

A month later, the UN General Assembly approved a resolution that enabled Palestine – a non-member Observer State at the world body – additional privileges and rights, such participating in international conferences held under its auspices, for the duration of its role as G77 Chair.

“You are well-placed to take up the chairmanship of this important group of countries,” Mr. Guterres said today.

As multilateralism continues to come under “intense pressure from many sides”, the UN chief underscored the importance of the G77 and China’s continued support.

“The Group of 77 and China has demonstrated strong leadership throughout 2018 and proved once again to be a central force in demonstrating that multilateralism is the only way to address our shared challenges,” said Mr. Guterres.

He credited the Group and the prior Egyptian presidency as having been “at the heart” of the progress made in challenges that ranged from climate change to rising inequality and fast changing and new technologies.

He singled out Egypt’s “highly effective” leadership and advocacy on finance for developing countries to meet their climate action commitments.

He called the group “instrumental” in achieving both: a comprehensive agreement that deals with migration in all its dimensions, the Global Compact for Safe, Orderly and Regular Migration; and a Development System to eradicate poverty, implement programmes on a national level and to position development “at the centre of UN activities”.

“You help to keep the United Nations focused on the issues that count for the most vulnerable, and we owe you a debt of gratitude for your extremely constructive role”, the Secretary-General said.

Palestine and its citizens have first-hand experience of some of the most challenging and dramatic global issues we face –UN chief

With climate action at the forefront, Mr. Guterres laid out how critical a year 2019 will be for ending poverty, reducing inequalities, and transiting to more inclusive and sustainable economies.

“If we do not put policies and commitments in place to launch a decade of climate action by 2020, it will be too late to avoid catastrophic climate change with unforeseeable consequences” he argued. “Many of the Group of 77 countries would be among the first and worst to suffer.”

He urged the G77 to bring “solutions and commitments” to, among others, the Climate Summit in September and enumerated other upcoming events in need of the bloc’s support, including the General Assembly’s High-Level Political Forum; the high-level meeting to review progress made on the SAMOA pathway for small island developing States to help lay foundations for progress on the Sustainable Development Goals (SDGs); and the Second High-level UN Conference on South-South Cooperation in Buenos Aires, Argentina, this coming March.

“I anticipate that the G77 and China will have a central role in all these negotiations and processes, and I urge you to consider them in an integrated, coherent and unified way” urged the UN chief.

Mr. Guterres recalled that last week he informed Member States about the serious financial challenges facing the Organization and appealed to the G77 to support his proposals to the General Assembly over the coming months aimed at putting the UN on “sound financial footing,” saying “we must press on and keep up the momentum won over the past weeks and months.”

“In this period of transition and change, we count on the continued engagement and support of the Group of 77 and China,” concluded the Secretary-General.

On Monday, the UN chief met with Palestinian President Mahmoud Abbas before handing over the Chairmanship, when he offered his congratulations, wished the Group a successful year and reiterated that the two-State solution is the only viable option to sustainable peace.

Triumph of multilateralism

Calling the work of the outgoing Egyptian Chair, “impeccable”, General Assembly President Maria Fernanda Espinosa Garces, underscored the importance of the G77, which represents 80 per cent of the world’s population.

“Not only is the work of the Group vital to defending the interests of the global South and promoting economic and social equality in the world, but it must now do so in a more complex international context” that is growing more polarized, she said.

Dubbing it “an historic moment”, Ms. Espinosa recalled the years it took to get to this point and the critical role the General Assembly played.

In 2012, the Assembly accorded non-Member observer status to Palestine, which, among other things, gave it the right to make statements, submit and co-sponsor proposals and give explanations of vote.

“That today we can celebrate this handover of the Presidency of the Group of 77 and China is without a doubt a triumph of multilateralism and a demonstration of the important role of the most democratic and representative organ of the United Nations”, she stated.

For his part, President Mahmoud Abbas said Palestine would use its chairmanship to preserve the multilateral international order and strengthen ties with its UN partners.

“People are the real treasure for nations,” he said, “and real and sustainable development can only be achieved when opportunities are enhanced to ensure for all people, full and free participation in all relevant matters in life”.

He stated that under the guiding principle of “unity in diversity”, the G77 focus on the least developed countries, small island developing States, middle income countries, and peoples living under colonial and foreign occupation, “so as to ensure no one is left behind.”

From: https://news.un.org/en/story/2019/01/1030522